sábado, 2 de abril de 2011

Minhotos e estremenhos, lavradores e saloios (1875)

É neste meio que eu me abalanço a esgaratujar novelas. Há treze annos que apéguei por esse Minho, em cata do balsamo dos pinheirais e das fragrancias das almas inocentes. Diziam-me que a rusticidade era o derradeiro baluarte da pureza, e que os lavradores do Minho, nivelados com os saloios da Estremadura, eram os candidos pastores da Arcadia comparados aos malandrins de Gomorrha.
Um dos meus estudos, no intuito de me habilitar para o confronto do saloio com o minhoto—da raça sarracena com a galega é a historinha que lhe dedico meu nobre amigo.

Camilo Castelo Branco, Novelas do Minho, p 128-129

1 comentário:

Chantre disse...

Nacos inigualáveis!