sábado, 25 de setembro de 2010

À janela de Juan Sánchez Cotán (1560-1627)

Natureza morta com flores. hortaliças e um cesto de cerejas

1 comentário:

Cláudia disse...

Natureza Morta

Um céu se agiganta,
Diante do infinito,
Possuído pelo grito,
De muitas gargantas.

Dor maior que cala,
Saltério flerta vida,
Aberta, feito ferida,
Perdida, embala.

Ossos, faces humanas,
Aventura imortalizada,
No caos balizada,
Vosso sangue, ramas.

Velando toda sorte,
Distorcendo a harmonia,
Desejada todo dia,
Espelhando a própria morte.

Dissonância insana,
Que Diana entroniza,
Faz rever protagoniza,
O pesadelo de quem ama.

Hoje é dia de São Francisco de Assis.