sábado, 24 de outubro de 2009

"Sou de Peniche"

Como hoje "Sou de Peniche" ( título da Convenção que desde Junho de 2007 se realiza anualmente), fui assistir à posse da Assembleia e da Câmara. Por mais formalidade de que esta cerimónia se revista, sempre representa uma afirmação do vínculo com a democracia de que o poder local autárquico é parte. E por isso é um acto pelo qual perpassa também um ambiente celebratório.
O acto foi acompanhado por um trio de jazz, aspecto que gostaria de destacar. Não se tratou apenas de uma animação de um espaço solene por uma manifestação de modernidade, mas de um sublinhado da saudação festiva que tem por destinatários aqueles que iniciaram hoje as suas novas funções.
Um destaque muito especial para a intervenção do Presidente António José Correia. Pela convicção, pela afectividade, pelo empenho, pela visão que pôs no seu mandato e que reafirmou hoje perante todos os que "são de Peniche".

2 comentários:

Anónimo disse...

Lamento que tentando mostrar tanta intelectualidade, derrapando em constantes gafes e tropeções, o Sr. Presidente não saiba que quem um dia disse "I Have a Dream" foi Martin Luther King, em 20 de Agosto de 1963, em Washington, DC, e não JF Kennedy, como fez referência. Espero que tenha sido um lapso. A assembleia presente percebeu, e eu também!

É imperdoável, porque, recorde-se, Martin Luther King foi um lutador pela igualdade e pelos direitos civis de todos, fez um discurso que marcou uma época, que ficou conhecido como “I Have a Dream Speech”, provocando com que, em 1964, o chamado 1964 Civil Rights Act fosse aprovado, e os direitos civis se tornassem lei.

Imperdoável, ainda, porque Martin Luther King recebeu o Prémio Nobel da Paz.

A cerimónia, a certos momentos, mais pareceu uma brincadeira. Com o Presidente da Assembleia Municipal, cessante e actual, a presidir sem formalismo e sem uma indumentária a rigor, afinal a ocasião justificava, não estávamos no Rip Curl, nem no carnaval de verão, ou na corrida das fogueiras, etc., mas numa cerimónia solene. Aliás, nem os secretários (Carlos Santana e Américo Gonçalves) se vestiram a rigor.

Longe vão os tempos em que entrar numa discoteca de sapatilhas era proibido, agora, e a olhar pelos que deveriam dar o exemplo, qualquer dia quem for de fato e gravata não entra, nem numa cerimónia de tomada de posse do novo elenco camarário.

É de lamentar!

O que se salvou, no fim de tudo, foi a musica bem tocada pelo trio de jazz e o poema no encerramento da sessão da Assembleia Municipal, lido pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal.

Pelo menos que sejam felizes e que façam o seu trabalho, com rigor, equidade, imparcialidade e determinação!

Para o bem de Peniche!

João B. Serra disse...

Abro uma excepção quanto à norma de não publicação de comentários não assinados. De facto a evidente acrimónia deste comentador não se sobrepõe a algumas observações pertinentes. A troca de L. King por J. Kennedy foi certamente um lapso que o Presidente já terá corrigido. Estamos de acordo quanto ao trio de jazz (não assisti à reunião da Assembleia Municipal e por isso não ouvi o poema) mas não quanto quanto à "derrapagem em constantes gafes e tropeções". Finalmente, também me pareceu que o formalismo da cerimónia exigiria ao Presidente da Assembleia indumentária equivalente ao do Presidente e vereadores. Devo confessar que pensei tratar-se de idiossincrasia, mas verifiquei mais tarde que não. Quando consultei uma reportagem da cerimónia de posse efectuada há quatro anos, verifiquei que então Rogério Cação presidia à Mesa com uma bela gravata azul marinho...